Além
da água, do carbono, do nitrogênio e do oxigênio, o fósforo também é importante
para os seres vivos. Esse elemento faz parte, por exemplo, do material
hereditário e das moléculas energéticas de ATP.
Em certos aspectos, o ciclo do fósforo é mais simples do
que os ciclos do carbono e do nitrogênio, pois não existem muitos compostos
gasosos de fósforo e, portanto, não há passagem pela atmosfera. Outra razão
para a simplicidade do ciclo do fósforo é a existência de apenas um composto de
fósforo realmente importante para os seres vivos: o íon fosfato.
As plantas obtêm fósforo do ambiente absorvendo os
fosfatos dissolvidos na água e no solo. Os
animais obtêm fosfatos na água e no alimento.
A decomposição devolve o fósforo que fazia parte da
matéria orgânica ao solo ou à água.
Daí, parte dele é arrastada pelas chuvas para os lagos e
mares, onde acaba se incorporando às rochas. Nesse caso, o fósforo só retornará
aos ecossistemas bem mais tarde, quando essas rochas se elevarem em
conseqüência de processos geológicos e, na superfície, forem decompostas e
transformadas em solo.
Assim, existem dois ciclos do fósforo que acontecem em
escalas de tempo bem diferentes. Uma parte do elemento recicla-se localmente
entre o solo, as plantas, consumidores e decompositores, em uma escala de tempo
relativamente curta, que podemos chamar “ciclo de tempo ecológico”. Outra parte
do fósforo ambiental sedimenta-se e é incorporada às rochas; seu ciclo envolve
uma escala de tempo muito mais longa, que pode ser chamada “ciclo de tempo geológico".